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Imagem: Reprodução/Agência Brasil
CALOR EXTREMO AFETA FUNCIONAMENTO DO CORPO HUMANO, ALERTAM ESPECIALISTAS
Panorama
Por Ana Clara Monteiro
29 de Dezembro de 2025 às 09:40
Temperaturas acima de 35 graus comprometem o funcionamento adequado do corpo humano e elevam significativamente o risco de problemas de saúde. O alerta é de especialistas do hospital Sírio Libanês que explicam que, a partir desse patamar, os mecanismos naturais de regulação térmica deixam de ser suficientes para manter o equilíbrio do organismo.
O corpo humano depende principalmente da transpiração para dissipar o calor. No entanto, quando a temperatura ambiente se aproxima ou supera a temperatura corporal, especialmente em locais com alta umidade, o suor deixa de evaporar de forma eficiente. Com isso, a temperatura interna tende a subir, podendo provocar desidratação, exaustão térmica, queda de pressão, confusão mental e, em casos mais graves, o chamado golpe de calor, que pode levar à morte.
Grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças, gestantes, pessoas com doenças crônicas e trabalhadores expostos ao sol, sofrem impactos mais rápidos e intensos. Os especialistas reforçam que o calor extremo sobrecarrega o sistema cardiovascular, já que o coração precisa trabalhar mais para manter a circulação sanguínea e tentar resfriar o corpo.
A orientação é manter hidratação constante, evitar exposição direta ao sol nos horários mais quentes do dia, usar roupas leves, buscar ambientes ventilados ou climatizados e redobrar os cuidados com pessoas em situação de maior risco. Diante de sinais como tontura, fraqueza intensa, dor de cabeça, náusea ou confusão, a recomendação é procurar atendimento médico imediatamente.
E depois de uma semana marcada por calor extremo e tempo seco, a segunda-feira (29) marca uma virada no padrão do tempo em grande parte do Brasil. A chuva volta a ganhar força e passa a se espalhar por novas áreas, segundo análises da Climatempo e da MetSul Meteorologia.
Os meteorologistas apontam o enfraquecimento do bloqueio atmosférico que manteve as temperaturas elevadas durante o período do Natal. Esse sistema funcionava como uma espécie de “tampa”, dificultando a entrada de frentes frias e a formação de nuvens de chuva.
A mudança abre espaço para o avanço das áreas de chuva sobre o Sudeste. O deslocamento de frentes frias, aliado à circulação de ventos em níveis mais elevados da atmosfera, intensifica o transporte de umidade, criando condições para pancadas de chuva mais fortes, principalmente entre a tarde e a noite, com raios e rajadas de vento.
Apesar da mudança no tempo, o calor continua presente, porém sem os extremos registrados na última semana. A sensação de abafamento permanece, assim como o risco de transtornos associados às chuvas de verão.
Em São Paulo, a previsão indica calor persistente, com máxima em torno de 34 °C nesta segunda-feira, mas já abaixo dos recordes recentes. A capital paulista deve enfrentar pancadas de chuva frequentes nos próximos dias, com risco de tempestades intensas e granizo, cenário típico de verão após períodos prolongados de calor seco.
No Rio de Janeiro, a onda de calor segue mais resistente. As temperaturas devem permanecer elevadas ao longo da primeira metade da semana, com máximas entre 35 °C e 38 °C. A tendência é de que o calor só perca força no fim da semana, quando o aumento da umidade deve favorecer a ocorrência de chuvas mais regulares, reduzindo parcialmente as temperaturas, mas mantendo o desconforto térmico.
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